terça-feira, 30 de setembro de 2008

Mas, o tempo foi passando, e eu fui começando a rever o significado da palavra nunca. Sempre achei que nunca ia mudar de opinião sobre sentimentos, idéias, e gostos. Mas tudo mudou.
É como se o vento tivesse levado a minha identidade embora, e feito uma nova com o que tinha restado. O que é engraçado, pois eu me sinto a mesma.
Eu nunca pensei que uma voz poderia me deixar mais doce, ou que um olhar poderia me chamar atenção.
Parece que o tempo voou, fazendo com que o meu coração também fosse atingido; o deixando infantil. Fazendo-o bater loucamente pelo mínimo gesto.
Desde pequena eu sempre pensei que nunca mudaria por alguém, ou que ninguém poderia me deixar mais para baixo. Já pensei também que ninguém nunca conseguiria me manipular, por mais que tentasse. Eu já me vi tentando ser aquela figura perfeita, aquela mulher inatacável, podendo até ser chamada de “superior”.
Mas o tempo.. O tempo me enganou. O tempo que eu achei que nunca passaria, passou.
Pois é.. Eu já me vi assim. Eu já me vi em cores, eu já me vi em preto e branco. Eu já me vi crescidinha, mesmo sendo uma criancinha. Eu já me vi sorrir, já me vi chorar. Já me vi pular para evitar cair, ou apenas cair para evitar pular. Eu já me vi viajar com um sonho, eu já me vi acordar gritando.
Eu já usei clichês demais.
É estranho como lendo cada palavra, o vazio se preenche. É estranho estar em silêncio mesmo querendo falar. Falando.
É estranho como nunca achamos que o nunca, nunca vai chegar, ou como o sempre, sempre acaba.
É só querer que nunca acaba, é só desejar que o sempre chega. Na maioria das vezes. Pelo menos em quinze anos foi assim para mim. Pelo menos o eterno futuro, o sempre presente, e o lembrado passado vieram em bom estilo, nunca deixando por desejar.
E eu nunca percebi o quanto usava essa palavra. Por mais que ela nunca saísse da minha boca. Acho que essa vai ser a minha eterna canção de ninar...





Pois é, parabéns para mim (:

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

A pequena menina vinha com mais um papelzinho na mão.Ela pegou a velha caixinha vermelha, cheia de outros papeizinhos. A menina a abre com dificuldade, para não deixar nada cair.Ela o coloca lá dentro e a fecha rapidamente, como quem guarda um segredo.A esconde novamente em seu armário, com o maior cuidado.

Eu aprendi muito com esta menininha. Afinal, ela andava sempre comigo. Deitávamos sobre o chão frio e apreciávamos as estrelas, víamos imagens nas nuvens de algodão doce... Porém, do lado dela eu me sentia antiquada... Afinal, ela vivia em um mundo feito de sonhos, e eu cada vez mais só a trazia para a dura realidade. Cada vez mais sinto que as suas lágrimas também pertenciam a mim... Que na vez em que seus olhos perderam o brilho, eu fui a culpada.Mas hoje, tenho certeza que ela esta mais feliz . Tenho certeza de que seus olhos brilham mais que nunca, que suas gargalhadas continuam suaves como o veludo, e que seus sonhos continuam reais.Claro. Não posso esquecer daquela sua mania tão doce. Ela pegava um pequeno papel, e com o nome de seu próximo amado, colocava em uma velha caixinha vermelha, que guardava com todo cuidado que podia, afinal, aquele simples ato representava o seu grande sentimento pela pessoa. Uma coisa que sempre achei estranha, é que por mais que ela chorasse, ela nunca retirou um papel sequer de sua caixa. Ela sempre continuou firme, por mais que despedaçada.

Espero que ela esteja realmente bem. Espero que a minha certeza baste.Mas espero mais que tudo, encontra-la novamente. Pois sei que ela vive em um destes pontos estranhos de luz chamados sentimentos, que piscam dentro de mim.

sábado, 6 de setembro de 2008

Dor

A dor faz lágrimas correrem.
Faz o corpo estremecer,
Gela até a espinha.
A dor faz a mente virar ao contrario
Faz os dentes trincarem
Arrepia os cabelos.
A dor traz medo,
A lembrança da dor traz covardia.
A dor faz ficar sem esperanças,
Por mais que você tenha muita.
A dor deixa louco
Faz querer parar.
A dor é uma exclamação,
Por mais que também determine uma dúvida.
A dor é solitária,
Apenas permanece para não ficar sozinha.
Ela é triste,
E assim contagia todos que toca com o seu humor.
A dor não é apenas física,
A dor é sentimental.
Te toca com um olhar...
Você pensa na dor.

- Por favor, dor vá embora para nunca mais voltar ...

terça-feira, 30 de setembro de 2008

Mas, o tempo foi passando, e eu fui começando a rever o significado da palavra nunca. Sempre achei que nunca ia mudar de opinião sobre sentimentos, idéias, e gostos. Mas tudo mudou.
É como se o vento tivesse levado a minha identidade embora, e feito uma nova com o que tinha restado. O que é engraçado, pois eu me sinto a mesma.
Eu nunca pensei que uma voz poderia me deixar mais doce, ou que um olhar poderia me chamar atenção.
Parece que o tempo voou, fazendo com que o meu coração também fosse atingido; o deixando infantil. Fazendo-o bater loucamente pelo mínimo gesto.
Desde pequena eu sempre pensei que nunca mudaria por alguém, ou que ninguém poderia me deixar mais para baixo. Já pensei também que ninguém nunca conseguiria me manipular, por mais que tentasse. Eu já me vi tentando ser aquela figura perfeita, aquela mulher inatacável, podendo até ser chamada de “superior”.
Mas o tempo.. O tempo me enganou. O tempo que eu achei que nunca passaria, passou.
Pois é.. Eu já me vi assim. Eu já me vi em cores, eu já me vi em preto e branco. Eu já me vi crescidinha, mesmo sendo uma criancinha. Eu já me vi sorrir, já me vi chorar. Já me vi pular para evitar cair, ou apenas cair para evitar pular. Eu já me vi viajar com um sonho, eu já me vi acordar gritando.
Eu já usei clichês demais.
É estranho como lendo cada palavra, o vazio se preenche. É estranho estar em silêncio mesmo querendo falar. Falando.
É estranho como nunca achamos que o nunca, nunca vai chegar, ou como o sempre, sempre acaba.
É só querer que nunca acaba, é só desejar que o sempre chega. Na maioria das vezes. Pelo menos em quinze anos foi assim para mim. Pelo menos o eterno futuro, o sempre presente, e o lembrado passado vieram em bom estilo, nunca deixando por desejar.
E eu nunca percebi o quanto usava essa palavra. Por mais que ela nunca saísse da minha boca. Acho que essa vai ser a minha eterna canção de ninar...





Pois é, parabéns para mim (:

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

A pequena menina vinha com mais um papelzinho na mão.Ela pegou a velha caixinha vermelha, cheia de outros papeizinhos. A menina a abre com dificuldade, para não deixar nada cair.Ela o coloca lá dentro e a fecha rapidamente, como quem guarda um segredo.A esconde novamente em seu armário, com o maior cuidado.

Eu aprendi muito com esta menininha. Afinal, ela andava sempre comigo. Deitávamos sobre o chão frio e apreciávamos as estrelas, víamos imagens nas nuvens de algodão doce... Porém, do lado dela eu me sentia antiquada... Afinal, ela vivia em um mundo feito de sonhos, e eu cada vez mais só a trazia para a dura realidade. Cada vez mais sinto que as suas lágrimas também pertenciam a mim... Que na vez em que seus olhos perderam o brilho, eu fui a culpada.Mas hoje, tenho certeza que ela esta mais feliz . Tenho certeza de que seus olhos brilham mais que nunca, que suas gargalhadas continuam suaves como o veludo, e que seus sonhos continuam reais.Claro. Não posso esquecer daquela sua mania tão doce. Ela pegava um pequeno papel, e com o nome de seu próximo amado, colocava em uma velha caixinha vermelha, que guardava com todo cuidado que podia, afinal, aquele simples ato representava o seu grande sentimento pela pessoa. Uma coisa que sempre achei estranha, é que por mais que ela chorasse, ela nunca retirou um papel sequer de sua caixa. Ela sempre continuou firme, por mais que despedaçada.

Espero que ela esteja realmente bem. Espero que a minha certeza baste.Mas espero mais que tudo, encontra-la novamente. Pois sei que ela vive em um destes pontos estranhos de luz chamados sentimentos, que piscam dentro de mim.

sábado, 6 de setembro de 2008

Dor

A dor faz lágrimas correrem.
Faz o corpo estremecer,
Gela até a espinha.
A dor faz a mente virar ao contrario
Faz os dentes trincarem
Arrepia os cabelos.
A dor traz medo,
A lembrança da dor traz covardia.
A dor faz ficar sem esperanças,
Por mais que você tenha muita.
A dor deixa louco
Faz querer parar.
A dor é uma exclamação,
Por mais que também determine uma dúvida.
A dor é solitária,
Apenas permanece para não ficar sozinha.
Ela é triste,
E assim contagia todos que toca com o seu humor.
A dor não é apenas física,
A dor é sentimental.
Te toca com um olhar...
Você pensa na dor.

- Por favor, dor vá embora para nunca mais voltar ...
 

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