sábado, 18 de junho de 2011

Em uma destas madrugadas solitárias, sentei entre as páginas da minha vida. Elas estavam ali, todas espalhadas pelo chão do meu quarto, assim como as folhas que colorem o cinza da rua em seu outono.
Não havia ninguém. Apenas eu e.. o que de mim escrevi. Os parágrafos pelos quais corri, e até aqueles que andei bem devagar, quase parando, evitando chegar ao final. Vi as partituras que certos dias me silenciaram, outras que de mim fizeram rio, e até aquelas que romperam as fronteiras da normalidade, e me fizeram um ser desatento, cantarolando por entre asfaltos e sorrindo para horizontes que só eu via.
Parei diante das páginas dobradas, um pouco escondidas, logo abaixo de certos poemas. Ao abri-las, como um raio as lembranças vieram, e eu não sabia mais o porquê de estar alí. Não entendia porque continuavam firme e fortes, estendidas no meu chão, mesmo depois de tê-las confinado no fundo daquele precipício, dentro de mim. Mergulhei.
E nisso, percebi-me em sorrisos, pretérito perfeito. Mais-que-perfeito. Porém, pretérito.
E ele, como presente, alegra. Faz com que jogadas de cabelos desengonçadas te façam ficar linda, e se sentir bem. Muda qualquer problema banal do seu cotidiano, e o faz acréscimo. No sorriso. Nada importa, nada deve importar. A vida torna-se um soneto, a pagina de linhas perfeitas e calculadas, fazendo com que você sinta aquele gosto de novidade na boca, e aquele anseio por mais no coração. É divino.
É passado. E como tal, prefere lanhar. Apontar os erros que te deixam com saldo negativo, e nunca mais como apenas mais uma maneira de ser feliz. Prefere deixar uma miniatura na sua cabeça, que cresce mais e mais a cada dia, e você sabe que virará um problema. Já é um problema. Um arrependimento, um desentendimento. Uma daquelas simples maneiras que a gente sempre acha para tentar se resolver, mas acaba piorando tudo. Apenas pelo simples fato de tentar fazer sumir o que foi bom, o que te deu vida.
Não queria mais.
O passado como presente é sorriso. O presente como passado.. a sua lembrança. O seu oposto. Passou.
E no meio das folhas, recordo: sou mar.
Passado-sorriso, vire barco. Um frágil barco de papel. Ganhei uma frota de sonetos.
E pelas esquinas de algum lugar desconhecido, achei um rio.
Siga, frota. Siga.
Seja o sorriso de quem te lê por fora,
E não vive a sua ultima estrofe.

sábado, 18 de junho de 2011

Em uma destas madrugadas solitárias, sentei entre as páginas da minha vida. Elas estavam ali, todas espalhadas pelo chão do meu quarto, assim como as folhas que colorem o cinza da rua em seu outono.
Não havia ninguém. Apenas eu e.. o que de mim escrevi. Os parágrafos pelos quais corri, e até aqueles que andei bem devagar, quase parando, evitando chegar ao final. Vi as partituras que certos dias me silenciaram, outras que de mim fizeram rio, e até aquelas que romperam as fronteiras da normalidade, e me fizeram um ser desatento, cantarolando por entre asfaltos e sorrindo para horizontes que só eu via.
Parei diante das páginas dobradas, um pouco escondidas, logo abaixo de certos poemas. Ao abri-las, como um raio as lembranças vieram, e eu não sabia mais o porquê de estar alí. Não entendia porque continuavam firme e fortes, estendidas no meu chão, mesmo depois de tê-las confinado no fundo daquele precipício, dentro de mim. Mergulhei.
E nisso, percebi-me em sorrisos, pretérito perfeito. Mais-que-perfeito. Porém, pretérito.
E ele, como presente, alegra. Faz com que jogadas de cabelos desengonçadas te façam ficar linda, e se sentir bem. Muda qualquer problema banal do seu cotidiano, e o faz acréscimo. No sorriso. Nada importa, nada deve importar. A vida torna-se um soneto, a pagina de linhas perfeitas e calculadas, fazendo com que você sinta aquele gosto de novidade na boca, e aquele anseio por mais no coração. É divino.
É passado. E como tal, prefere lanhar. Apontar os erros que te deixam com saldo negativo, e nunca mais como apenas mais uma maneira de ser feliz. Prefere deixar uma miniatura na sua cabeça, que cresce mais e mais a cada dia, e você sabe que virará um problema. Já é um problema. Um arrependimento, um desentendimento. Uma daquelas simples maneiras que a gente sempre acha para tentar se resolver, mas acaba piorando tudo. Apenas pelo simples fato de tentar fazer sumir o que foi bom, o que te deu vida.
Não queria mais.
O passado como presente é sorriso. O presente como passado.. a sua lembrança. O seu oposto. Passou.
E no meio das folhas, recordo: sou mar.
Passado-sorriso, vire barco. Um frágil barco de papel. Ganhei uma frota de sonetos.
E pelas esquinas de algum lugar desconhecido, achei um rio.
Siga, frota. Siga.
Seja o sorriso de quem te lê por fora,
E não vive a sua ultima estrofe.
 

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