segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Um rio.
Já me falaram que a vida é assim. Que ela corre e não para. E que vai, arrastando tudo que vê pelo caminho, seja bom ou ruim, até tomar o seu real curso. Ele pode transbordar, fazer uma nova margem, quem sabe até ficar menos denso, diminuir a sua quantidade de água ou algo assim. Não importa. O rio continua correndo.
Na nossa vida, esse curso traz conseqüências. Mas, se pensarmos bem, o que não traz?
Vivemos tentando aproveitar o máximo do presente, tentando trazer – ou viver – aquela palavrinha que tantos vêem como mágica: a felicidade.
Mas como diria a música: ‘O que é? O que é, meu irmão? Ela é a batida de um coração?’
Ali ela se refere à vida, mas falemos da felicidade.
Seria um sorriso? Um estado maior? Um sentimento bom?
É possível ser feliz sozinho?
Durante tanto, mas tanto tempo procurei por todas estas respostas.. E não vou mentir, ainda procuro. Mas é apenas estando do lado oposto – degustando da tristeza – que damos o verdadeiro valor à felicidade. O problema é que quando isso acontece, o singular domina. Ele entra na sua cabeça e te revira do avesso, te faz pensar diferente – ser diferente. E tudo isso deixa uma marca, uma cicatriz. Para alguns ela pode ser visível, mas para outros não. Então, desta maneira vemos o singular como errado, e passamos a buscar desesperadamente pelo plural. Para que assim, se houverem cicatrizes, que as suas conseqüências sejam sorrisos, não lágrimas.
O plural te deixa feliz. Te faz sentir completo. Faz com que quando você olhe para o passado, pense “como consegui viver sem?”;
E assim leva seus dias. Cria linhas, caminhos, historias, compartilha sorrisos.
E é bom demais.
Mas todo curso tem uma virada. Eis o nosso rio.
Algumas pedras no caminho o plural agüenta, mas outras não. Ele simplesmente implora singular, e não sossega se isso não acontecer. Foi assim.
Quando plural, tudo é compreensível, aceitável. Quando singular, o outro te aponta o dedo, te critica, e faz tudo ao contrario de quando tinha tudo para dar errado – e dava certo.
Um paradoxo particular.
Como um tipo de bomba à parte que não explode enquanto o tempo corre no cronometro, pois ele nunca iria parar. Ela só detona quando.. bem, quando o tempo não existe.
E então, como lidar com o tempo, e com a tristeza, quando a sua única opção de felicidade te deixou cicatrizes que trouxeram mais lágrimas quando eram para resultar em sorrisos?
O que fazer?
Seguir o curso.
Admire-se, foi bom. Maravilhoso. Mas se um singular não conseguiu aceitar o outro depois de não serem mais plurais, vai ver não era para ser. Vai ver era mais uma façanha de uma curva, um truque da tristeza, para trazer a felicidade.
E vamos segundo como um rio.
Não sabemos que virá após aquela curva, se agüentaremos alguma chuva, quem sabe passar por cima de uma pedra, transbordar. Quem sabe.
Mas sempre seguir.
E nunca deixar de tentar ser feliz.
Mesmo no singular.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Um rio.
Já me falaram que a vida é assim. Que ela corre e não para. E que vai, arrastando tudo que vê pelo caminho, seja bom ou ruim, até tomar o seu real curso. Ele pode transbordar, fazer uma nova margem, quem sabe até ficar menos denso, diminuir a sua quantidade de água ou algo assim. Não importa. O rio continua correndo.
Na nossa vida, esse curso traz conseqüências. Mas, se pensarmos bem, o que não traz?
Vivemos tentando aproveitar o máximo do presente, tentando trazer – ou viver – aquela palavrinha que tantos vêem como mágica: a felicidade.
Mas como diria a música: ‘O que é? O que é, meu irmão? Ela é a batida de um coração?’
Ali ela se refere à vida, mas falemos da felicidade.
Seria um sorriso? Um estado maior? Um sentimento bom?
É possível ser feliz sozinho?
Durante tanto, mas tanto tempo procurei por todas estas respostas.. E não vou mentir, ainda procuro. Mas é apenas estando do lado oposto – degustando da tristeza – que damos o verdadeiro valor à felicidade. O problema é que quando isso acontece, o singular domina. Ele entra na sua cabeça e te revira do avesso, te faz pensar diferente – ser diferente. E tudo isso deixa uma marca, uma cicatriz. Para alguns ela pode ser visível, mas para outros não. Então, desta maneira vemos o singular como errado, e passamos a buscar desesperadamente pelo plural. Para que assim, se houverem cicatrizes, que as suas conseqüências sejam sorrisos, não lágrimas.
O plural te deixa feliz. Te faz sentir completo. Faz com que quando você olhe para o passado, pense “como consegui viver sem?”;
E assim leva seus dias. Cria linhas, caminhos, historias, compartilha sorrisos.
E é bom demais.
Mas todo curso tem uma virada. Eis o nosso rio.
Algumas pedras no caminho o plural agüenta, mas outras não. Ele simplesmente implora singular, e não sossega se isso não acontecer. Foi assim.
Quando plural, tudo é compreensível, aceitável. Quando singular, o outro te aponta o dedo, te critica, e faz tudo ao contrario de quando tinha tudo para dar errado – e dava certo.
Um paradoxo particular.
Como um tipo de bomba à parte que não explode enquanto o tempo corre no cronometro, pois ele nunca iria parar. Ela só detona quando.. bem, quando o tempo não existe.
E então, como lidar com o tempo, e com a tristeza, quando a sua única opção de felicidade te deixou cicatrizes que trouxeram mais lágrimas quando eram para resultar em sorrisos?
O que fazer?
Seguir o curso.
Admire-se, foi bom. Maravilhoso. Mas se um singular não conseguiu aceitar o outro depois de não serem mais plurais, vai ver não era para ser. Vai ver era mais uma façanha de uma curva, um truque da tristeza, para trazer a felicidade.
E vamos segundo como um rio.
Não sabemos que virá após aquela curva, se agüentaremos alguma chuva, quem sabe passar por cima de uma pedra, transbordar. Quem sabe.
Mas sempre seguir.
E nunca deixar de tentar ser feliz.
Mesmo no singular.
 

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