segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Um rio.
Já me falaram que a vida é assim. Que ela corre e não para. E que vai, arrastando tudo que vê pelo caminho, seja bom ou ruim, até tomar o seu real curso. Ele pode transbordar, fazer uma nova margem, quem sabe até ficar menos denso, diminuir a sua quantidade de água ou algo assim. Não importa. O rio continua correndo.
Na nossa vida, esse curso traz conseqüências. Mas, se pensarmos bem, o que não traz?
Vivemos tentando aproveitar o máximo do presente, tentando trazer – ou viver – aquela palavrinha que tantos vêem como mágica: a felicidade.
Mas como diria a música: ‘O que é? O que é, meu irmão? Ela é a batida de um coração?’
Ali ela se refere à vida, mas falemos da felicidade.
Seria um sorriso? Um estado maior? Um sentimento bom?
É possível ser feliz sozinho?
Durante tanto, mas tanto tempo procurei por todas estas respostas.. E não vou mentir, ainda procuro. Mas é apenas estando do lado oposto – degustando da tristeza – que damos o verdadeiro valor à felicidade. O problema é que quando isso acontece, o singular domina. Ele entra na sua cabeça e te revira do avesso, te faz pensar diferente – ser diferente. E tudo isso deixa uma marca, uma cicatriz. Para alguns ela pode ser visível, mas para outros não. Então, desta maneira vemos o singular como errado, e passamos a buscar desesperadamente pelo plural. Para que assim, se houverem cicatrizes, que as suas conseqüências sejam sorrisos, não lágrimas.
O plural te deixa feliz. Te faz sentir completo. Faz com que quando você olhe para o passado, pense “como consegui viver sem?”;
E assim leva seus dias. Cria linhas, caminhos, historias, compartilha sorrisos.
E é bom demais.
Mas todo curso tem uma virada. Eis o nosso rio.
Algumas pedras no caminho o plural agüenta, mas outras não. Ele simplesmente implora singular, e não sossega se isso não acontecer. Foi assim.
Quando plural, tudo é compreensível, aceitável. Quando singular, o outro te aponta o dedo, te critica, e faz tudo ao contrario de quando tinha tudo para dar errado – e dava certo.
Um paradoxo particular.
Como um tipo de bomba à parte que não explode enquanto o tempo corre no cronometro, pois ele nunca iria parar. Ela só detona quando.. bem, quando o tempo não existe.
E então, como lidar com o tempo, e com a tristeza, quando a sua única opção de felicidade te deixou cicatrizes que trouxeram mais lágrimas quando eram para resultar em sorrisos?
O que fazer?
Seguir o curso.
Admire-se, foi bom. Maravilhoso. Mas se um singular não conseguiu aceitar o outro depois de não serem mais plurais, vai ver não era para ser. Vai ver era mais uma façanha de uma curva, um truque da tristeza, para trazer a felicidade.
E vamos segundo como um rio.
Não sabemos que virá após aquela curva, se agüentaremos alguma chuva, quem sabe passar por cima de uma pedra, transbordar. Quem sabe.
Mas sempre seguir.
E nunca deixar de tentar ser feliz.
Mesmo no singular.

domingo, 29 de novembro de 2009

Te juro que tentei de todas as maneiras decifrar este sorriso tão bem desenhado. Te juro que tentei não ficar pensando em cada momento do dia que passamos juntos, cada coisa que marcou. Mas, por mais que eu pense em não pensar, penso mais.
Você entrou na minha vida como uma tatuagem, mas aquela que não aparenta ser de rena.
Posso jurar de novo que tentei não me recair com teus encantos, mas não resisti. Não resisto.
Mesmo estando de longe, falando com um outro alguém, um assunto que não posso deduzir qual é, olhas para mim. E quando o seu olhar cai no meu, parece até involuntário. Minhas bochechas se coram, meu sorriso se abre. E como resposta, sorri junto. E ficamos assim, sorrindo. Quem vê de fora até pensa que é premeditado, uma brincadeira que gerou algum tipo de lembrança – que nos traz o sorriso. Mas não é.
E a cada segundo que acontece, nos aproximamos mesmo sem saber, sem sentir. Parece que é aquela coisa no ar, como se fosse um clima. Parece que é um tipo de sinal, um toque, que quando o percebemos nos olhamos e ‘tchan’.
Durante um tempo tentei me preservar para o que poderia vir. Tentei me amar acima de tudo, tentei amadurecer para quem sabe como dizem: “poderem me dar valor como sou”. Estive muito bem sozinha, obrigada. Consegui acima de tudo manter os pés no chão,o que é bem difícil para uma pessoa que só consegue viver voando – escondida, quem sabe. Tinha decidido que só conseguiria gostar realmente de alguém quando soubesse que esse alguém me merecia. Que saberia me reconhecer, me amar acima das diferenças, me ver como realmente sou.
Reconheço que no inicio foi difícil – afinal, uma pessoa como eu se alimenta da paixão, só consegue viver apaixonada. E o tempo foi passando. Com ele, o céu veio voltando a tomar cor, e comecei a reconhecer as ‘tais estrelas’ que para mim sempre brilhavam.
Então, será que para tudo mudar de maneira tão repentina, teve um propósito? Será que certa parte do meu ‘instinto’ sentiu que já estava na hora de escrever para alguém novamente? Será que por ter te conhecido em tão pouco tempo, teus gestos me mostraram aquilo que me sentia preparada para receber? Será, será... E as perguntas começam novamente.
Mas aceito, aceito de bom grado. Sei que tais perguntas rondaram minha mente junto com a lembrança do seu rosto, vagando como uma maresia de um cigarro que há muito já foi. Mas ficou no ar. Você ficou no ar, mesmo que não tenha deixado nada para trás. Apenas a lembrança que não quer se apagar – e eu espero que não se apague.
Que não se apague tão cedo, para poder admirar teu rosto em minha mente, dormir com o sussurrar de tuas palavras. Que deixe minha imaginação fluir fazendo cenas, criando palavras, sendo única. Unicamente da única maneira que quero ser – unicamente sua.



E, ora ora, quem diria que respondida seria ?!
http://www.hw789.blogspot.com/

domingo, 20 de setembro de 2009

Quando o sol aponta no horizonte quebrando a madrugada, a lua já começa a se mover. Os olhos ansiosos esperam por uma boa notícia, os ouvidos esperam por uma boa razão.
Na escuridão em que se encontrava, a luz nunca pensou em se fazer presente. O dia não tinha acesso. O pensamento era a única voz, a solidão era a única companhia.
Em um outro horizonte, a luz bateu. Subiu no céu sem aviso prévio, estourou cada vertigem, incendiou o ar.
As lágrimas que há muito não eram vistas, foram pedindo passagem. A imagem que já era feita foi rebobinada, reformulada. A confiança de muitos se foi.
A cabeça se pergunta com arrependimento, a corpo não para de se mover. Se auto castiga, ausente, quer sair dali.
O som não chega à seus ouvidos. A certeza não existe mais.
Os olhos já foram marcados, os pés já ultrapassaram o chão.
A cabeça já esteve nas nuvens, os dias já foram normais.
Abrace o meu corpo, mesmo que esteja sem vida. Quero sentir que esta aqui. Sussurre verdades mentirosas, ouça o silencio.
Faça-me deixar meu pulso em paz. Faça-me parar de me castigar.
Diga que confia em mim.
Me de um motivo para não ir embora, fale que sentirá minha falta. Olhe em meus olhos vazios e diga que essa é a realidade. Confesse que é tudo um grande erro, grite as verdades mudas sem ter vergonha.
Aceite quem eu sou.
Não deixe-me quebrar o espelho, me controle. Pegue alguns daqueles fios invisíveis e me manipule como um fantoche. Minta para mim.
Apague a luz, vamos embora.
Não sei como terminar este texto.

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Em meros dias como este juro que estaria sentado em um lugar calmo, lendo um livro ou quem sabe ouvindo uma música e esperando ser arrebatado por algum tipo de sentimento diferente, algo fora do comum. Mas, como sentir algo fora do comum, se tudo o que sei, se tudo o que sinto, se tudo o que sou é resumido em uma única palavra. Aconchegante, inspirador, sedutor, o amor é a mistura disso tudo e tudo isso separado, nas devidas medidas para tornar tudo mais colorido. Não é algo banal, por mais que pareça. Não é algo tão intenso, por mais que pareça. O amor é o puro gosto do amargo, e é a droga mais doce.
Tinha em mente cada um destes critérios para descrevê-la, cada adjetivo gravado, como se estivesse elogiando a palma da minha mão. Tinha. Já tive meu tempo contigo - foi rápido, cheio de expectativas. Quando hoje me lembro de tudo aquilo que poderia ter feito, como poderia ter dito e não apenas ter me encolhido, com medo de sua reação, com medo de nossa separação. Porém, hoje as circunstâncias são diferentes. Vi-me obrigado a me afastar de ti. Você, que era toda a luz que um dia pude esperar ter em meu caminho, estrela do meu céu, se foi, sendo cadente.
Vi todas as expectativas desaparecerem de fato do meu peito, como se elas realmente já não estivessem mortas. Devoção. Foi esse o meu erro. Tudo que eu sempre fiz em relação a você e as inúmeras coisas que deixei de fazer, são fruto do mesmo motivo. Eu não conseguia, eu não queria te magoar por você ser meu chão, meu teto. Eu não podia ser imperfeito, não podia errar, e por isso me dedicava tanto a uma coisa, as vezes exagerando. As outras coisas que não lhe mostrei foi por puro medo. Medo de que você me julgaria, medo de que você faria um juízo que eu era detentor - pelo menos sob minha perspectiva. Detentor sim, pois queria reservar seu amor apenas para mim. Queria exclusividade, roubá-la, raptar este pedaço que por mais que fosse ser meu, seria eternamente escravo - dependente.
O sol que já começava a se abaixar era leve, fazia uma tarde de outono fresca. Meus pensamentos me levaram sem rumo por quarteirões - apenas no mundo material, pois no imaginário estava longe contigo, lá... Inalcançável.
Enquanto eu olhava a forma que os quarteirões tomavam, comecei a entender que existem certas coisas que só se completam quando se encaixam. Acho que nunca me encaixei realmente na sua forma, por mais que me convencesse cada dia mais disso. Engano, engano e engano. O amor que sentia era puro e verdadeiro, a saudade a vontade a ansiedade e todos os outros sentimentos cabíveis foram verdadeiros, porém eu mentia pra mim mesmo quando todo dia de manhã me moldava à sua maneira. Mas então chegou a tal hora que a verdade se fez presente, e realmente percebi que precisava me separar, me ocupar, me valorizar. Tanto quanto você precisava de espaço, de assumir tudo aquilo que você gosta sem se preocupar em me magoar. Até parece engraçado como tudo que partia de mim era intenso enquanto tudo que partia de você era latente, com um indizível toque de compaixão - justamente esse toque que servia para alimentar todas as minhas expectativas; mas eu já havia pensado e re-pensado muito sobre elas, já não existem mais.
Por mais que eu lamente. Afinal o afeto que tinha de você era suficiente, ele já me fazia sentir amado. Fazia o sol que me cegava toda manhã ser uma lembrança do quanto a noite anterior fora ótima, e a lua, me fazia esperar e contar cada segundo para revê-la, abraçá-la, estar contigo. Se eu sentia teu perfume - aquele meio 'salgadinho', jamais esquecerei - por mais que não fosse você, meu corpo já saía do meu controle, meus instintos procuravam desesperadamente a portadora do cheiro que trazia lembranças tão boas, te procuravam. Estava, estou, louco por você - estou louco sem você.
Louco, perdidamente louco por não ter mais a quem me moldar. Agora sou só mais um, que por falta da tua companhia, me prendo a qualquer coisa que permita afeto. Por mais que este seja um peixe, mas peixes morrem. Por mais que seja um bicho de pelúcia, mas eles não são inusitados e nem espontâneos assim como você. O fato é que me perder por você já vale a pena, por mais que eu saia da minha realidade e sanidade. Não gosto do jeito que você me deixou, mas o que se há de fazer contra o destino? Promessas de amor ou discursos para me redimir ditos na frente do espelho não contam como forma de reação, e sim como arrependimento. Mas o pior passou. Pelo menos hoje eu só me vejo preso a um espírito, uma essência. Antes eu realmente te tinha como figura, e me torturava sentir tua presença em cada canto da cidade que passamos trôpegos às risadas, mas como já disse: passou.


texto por: João Pedro Innecco & kinha;

Que honra e felicidade maior eu poderia sentir escrevendo, nada mais nada menos, do que com o meu escritor atual favorito ?!

sexta-feira, 8 de maio de 2009

Meus passos são ansiosos, por mais que normais. Eu os dou cuidadosamente, vendo todo o caminho que tenho pela frente. O sol esta alto no céu, mas nada brilha mais que o meu sorriso.
A cada segundo que meu tênis toca o asfalto, lembro de tudo que passou, tudo que passos deixam para trás. Como pude chorar, se o destino final era realmente sorrir? Ah, mas o futuro não se prevê, do passado não se arrepende.
O vendo bate, acaricia, faz mechas do meu cabelo baterem no meu rosto, fazem cócegas. Para alguns aquilo poderia ser irritante. Sabe como é, o cabelo deve estar bom para se estar bonita.
Mas hoje não. O meu cabelo pode fazer a peripécia que quiser, que eu não vou ligar. Hoje eu não me importo com a minha maquiagem, por mais que a tenha feito. Hoje o dia não vai ser interrompido por nenhuma obra de minha insegurança.
E os passos vão, me levam. Os que passam em volta olham abismados a tal menina que esta sorrindo do nada, sem motivo aparente. Ela não olha para o chão para ver no que pisa. Como pode não ligar? E foi.
Ah, ali vem ele.
Ali vem a tal pessoa que me fez sorrir sem motivo, não ligar para a minha aparência, não ligar para o que se passava em volta. Simplesmente fez. Ele é o tal menino que me fez perceber um mundo diferente em uma música lenta, romântica. Ele me fez entender o meu valor, ele me fez crescer. Ele me fez mudar, mesmo continuando sendo a mesma. Ele me ama assim, para que generalizar ?
E quem via de fora viu que ele carregava o mesmo sorriso e características que ela. Estavam em passos sincronizados, parecidos – quase iguais de tão indecisos.
Não preciso dizer o que aconteceu depois, o que o futuro mostrou.
Eles estavam ali juntos, e nada mais importava. Nada mais deveria importar. As palavras não eram suficientes, deixamos à critério da imaginação.
E, que culpa a gente tem de ser feliz ?

sexta-feira, 20 de março de 2009

Eu sei que sou teimosa, mas as vezes parece burrice. Será que não aprendi que não posso trocar o brilho do seu sorriso pelo das estrelas? Será que não me convenci que os teus olhos tem tanta presença e intensidade como nenhum outro que eu jamais tenha visto?!
Mas, eu tentei. De todas as maneiras juro que tentei.
A cada passo que dava me convencia de que tinha que te esquecer, isso já estava ferindo o meu orgulho. Isso já estava mudando a minha maneira de ser.
Por outra vez tentei te trocar por mim mesma. Tentar me amar da maneira que eu um dia te amei – que amo. Mas não me pareceu possível. Parece que por mais que o meu narcisismo aflore em minha pele e domine o meu oxigênio, eu não vou deixar de te colocar em primeiro lugar.
Por mais que eu sempre diga ‘eu’. Por mais que tudo que eu diga, seja exclusivamente – ou pelo menos pareça, para você leitor – aquilo que eu sinto.
Eu lia estas palavras e não conseguia parar de pensar no que tanto desejava, em te esquecer.
E eu consegui.
Pena que na época eu não conseguia ver que a cada passo que eu dava, você ficava mais para trás. A cada lágrima que eu derramava, você era menos responsável. Que o buraco que você deixou em meu peito não existe de tal maneira como existia. Agora é apenas uma cicatriz, uma lembrança.
Mas, nem toda lembrança é ruim. Penso que hoje te vejo apenas como um parágrafo passageiro em minha vida – aquele que depois de muito tempo, por mais que comovente, não me faça mais chorar. Me faça lembrar do quanto eu mudei todo esse tempo que queria provar para todos que já te esquecera – quando na verdade tinha que provar apenas para mim mesma.
Pena que eu não vi o quanto o meu rosto ficou diferente quando eu deixei de chorar. O quanto mais eu fiquei visível quando eu queria ser. O quanto as coisas começaram a acontecer para mim, quando eu deixei de me importar com o que você pensaria. Eu apenas tenho que ligar para o meu pensamento. Só o meu...
Então nesse texto, me fiz um desafio diferente – que é o mesmo que eu quero fazer para você. Pense o quanto aquilo que era ruim te fez bem. Pense no quanto você mudou quando deixou de derramar aquelas lágrimas.
E, se ainda as derrama, se olhe no espelho. Tente parar de parecer invisível e faça com que os outros o vejam. Faça com que tudo aquilo que te fazia sorrir antes volte. Não afaste mais ninguém.
Quem sabe assim, você possa criar um para sempre só seu.
E esse para sempre.. Esse sim, nunca acaba.




Queridos, desculpem por não ter postado por tanto tempo, mesmo. O meu tempo tem sido muito disputado entre várias coisas, e o meu blog - infelizmente - tem ficado com uma prioridade menor.
Estou cheeeeeeeeia de textos novos - muitos que quero postar aqui. Mas quero atingir um número médio de comentários para poder postar cada um, pode ser ?
Como sempre, obrigado por tudo. Vocês são maravilhosos.
Aaaah, não posso esquecer.
Recebi vários selos, memês, etc.
Não me vejam com uma cara ruim, é que eu não tenho quase tempo de postar aqui, então não tenho como pesquisar para passar para outros, etc.
Mas agradeço a todos de coração - mesmo.
Beijos ;*

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Há dias venho tentando escrever alguma coisa. Porém, nada sai.
Parece que a minha inspiração foi toda junto com as lágrimas que saíram dos teus olhos, dos meus... Parece que tudo aquilo em que eu me baseava para fazer os outros fantasiarem com as minhas próprias fantasias, voou com o último sorriso compartilhado. Com o último toque...
Mas, como posso escrever tais palavras, se não as presenciei? Como posso fazer todos imaginarem que tudo não passa de uma história de amor perdida, se eu nunca a tive?
Parece que tudo que imagino, desenho em minha mente, vai para a lista das coisas que nunca vão acontecer.
Parece que tudo aquilo que eu sempre quis, se resumia em você.
Mas, afinal, quem é você?
Queria tanto conhecer essa tal pessoa que invade meus sonhos, domina as minhas poesias.
Você tem um coração? Deve ter, o meu.
Nossa, que coisa sentimental. O meu.
É, o meu. O coração que você maltrata quando vem nos meus sonhos e diz que vai ficar.
Quando você bagunça a minha cabeça, faz as palavras faltarem.
Deixa apenas suspiros.
E, eu volto para a fala apaixonada.
Volto a te defender.
Quando, na verdade, eu deveria dizer todos os seus defeitos.
Deveria dizer que você é só mais uma pessoa sem caráter, que vai com quem te oferece mais;
Deveria dizer que você é um mentiroso. Pois disse que ia voltar, e eu não te vejo há algum tempo.
Deveria dizer que você tem um péssimo gosto, pois odeio o seu perfume. Por mais que ele seja viciante...
Mas, eu não posso. Eu queria poder afirmar todos estes pseudo-defeitos, mas eu não posso.
Por mais que sejam exatamente seus.
Eu simplesmente não posso.
Não sei porquê.

Mais um pseudo-texto, para um pseudo-você;

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Um rio.
Já me falaram que a vida é assim. Que ela corre e não para. E que vai, arrastando tudo que vê pelo caminho, seja bom ou ruim, até tomar o seu real curso. Ele pode transbordar, fazer uma nova margem, quem sabe até ficar menos denso, diminuir a sua quantidade de água ou algo assim. Não importa. O rio continua correndo.
Na nossa vida, esse curso traz conseqüências. Mas, se pensarmos bem, o que não traz?
Vivemos tentando aproveitar o máximo do presente, tentando trazer – ou viver – aquela palavrinha que tantos vêem como mágica: a felicidade.
Mas como diria a música: ‘O que é? O que é, meu irmão? Ela é a batida de um coração?’
Ali ela se refere à vida, mas falemos da felicidade.
Seria um sorriso? Um estado maior? Um sentimento bom?
É possível ser feliz sozinho?
Durante tanto, mas tanto tempo procurei por todas estas respostas.. E não vou mentir, ainda procuro. Mas é apenas estando do lado oposto – degustando da tristeza – que damos o verdadeiro valor à felicidade. O problema é que quando isso acontece, o singular domina. Ele entra na sua cabeça e te revira do avesso, te faz pensar diferente – ser diferente. E tudo isso deixa uma marca, uma cicatriz. Para alguns ela pode ser visível, mas para outros não. Então, desta maneira vemos o singular como errado, e passamos a buscar desesperadamente pelo plural. Para que assim, se houverem cicatrizes, que as suas conseqüências sejam sorrisos, não lágrimas.
O plural te deixa feliz. Te faz sentir completo. Faz com que quando você olhe para o passado, pense “como consegui viver sem?”;
E assim leva seus dias. Cria linhas, caminhos, historias, compartilha sorrisos.
E é bom demais.
Mas todo curso tem uma virada. Eis o nosso rio.
Algumas pedras no caminho o plural agüenta, mas outras não. Ele simplesmente implora singular, e não sossega se isso não acontecer. Foi assim.
Quando plural, tudo é compreensível, aceitável. Quando singular, o outro te aponta o dedo, te critica, e faz tudo ao contrario de quando tinha tudo para dar errado – e dava certo.
Um paradoxo particular.
Como um tipo de bomba à parte que não explode enquanto o tempo corre no cronometro, pois ele nunca iria parar. Ela só detona quando.. bem, quando o tempo não existe.
E então, como lidar com o tempo, e com a tristeza, quando a sua única opção de felicidade te deixou cicatrizes que trouxeram mais lágrimas quando eram para resultar em sorrisos?
O que fazer?
Seguir o curso.
Admire-se, foi bom. Maravilhoso. Mas se um singular não conseguiu aceitar o outro depois de não serem mais plurais, vai ver não era para ser. Vai ver era mais uma façanha de uma curva, um truque da tristeza, para trazer a felicidade.
E vamos segundo como um rio.
Não sabemos que virá após aquela curva, se agüentaremos alguma chuva, quem sabe passar por cima de uma pedra, transbordar. Quem sabe.
Mas sempre seguir.
E nunca deixar de tentar ser feliz.
Mesmo no singular.

domingo, 29 de novembro de 2009

Te juro que tentei de todas as maneiras decifrar este sorriso tão bem desenhado. Te juro que tentei não ficar pensando em cada momento do dia que passamos juntos, cada coisa que marcou. Mas, por mais que eu pense em não pensar, penso mais.
Você entrou na minha vida como uma tatuagem, mas aquela que não aparenta ser de rena.
Posso jurar de novo que tentei não me recair com teus encantos, mas não resisti. Não resisto.
Mesmo estando de longe, falando com um outro alguém, um assunto que não posso deduzir qual é, olhas para mim. E quando o seu olhar cai no meu, parece até involuntário. Minhas bochechas se coram, meu sorriso se abre. E como resposta, sorri junto. E ficamos assim, sorrindo. Quem vê de fora até pensa que é premeditado, uma brincadeira que gerou algum tipo de lembrança – que nos traz o sorriso. Mas não é.
E a cada segundo que acontece, nos aproximamos mesmo sem saber, sem sentir. Parece que é aquela coisa no ar, como se fosse um clima. Parece que é um tipo de sinal, um toque, que quando o percebemos nos olhamos e ‘tchan’.
Durante um tempo tentei me preservar para o que poderia vir. Tentei me amar acima de tudo, tentei amadurecer para quem sabe como dizem: “poderem me dar valor como sou”. Estive muito bem sozinha, obrigada. Consegui acima de tudo manter os pés no chão,o que é bem difícil para uma pessoa que só consegue viver voando – escondida, quem sabe. Tinha decidido que só conseguiria gostar realmente de alguém quando soubesse que esse alguém me merecia. Que saberia me reconhecer, me amar acima das diferenças, me ver como realmente sou.
Reconheço que no inicio foi difícil – afinal, uma pessoa como eu se alimenta da paixão, só consegue viver apaixonada. E o tempo foi passando. Com ele, o céu veio voltando a tomar cor, e comecei a reconhecer as ‘tais estrelas’ que para mim sempre brilhavam.
Então, será que para tudo mudar de maneira tão repentina, teve um propósito? Será que certa parte do meu ‘instinto’ sentiu que já estava na hora de escrever para alguém novamente? Será que por ter te conhecido em tão pouco tempo, teus gestos me mostraram aquilo que me sentia preparada para receber? Será, será... E as perguntas começam novamente.
Mas aceito, aceito de bom grado. Sei que tais perguntas rondaram minha mente junto com a lembrança do seu rosto, vagando como uma maresia de um cigarro que há muito já foi. Mas ficou no ar. Você ficou no ar, mesmo que não tenha deixado nada para trás. Apenas a lembrança que não quer se apagar – e eu espero que não se apague.
Que não se apague tão cedo, para poder admirar teu rosto em minha mente, dormir com o sussurrar de tuas palavras. Que deixe minha imaginação fluir fazendo cenas, criando palavras, sendo única. Unicamente da única maneira que quero ser – unicamente sua.



E, ora ora, quem diria que respondida seria ?!
http://www.hw789.blogspot.com/

domingo, 20 de setembro de 2009

Quando o sol aponta no horizonte quebrando a madrugada, a lua já começa a se mover. Os olhos ansiosos esperam por uma boa notícia, os ouvidos esperam por uma boa razão.
Na escuridão em que se encontrava, a luz nunca pensou em se fazer presente. O dia não tinha acesso. O pensamento era a única voz, a solidão era a única companhia.
Em um outro horizonte, a luz bateu. Subiu no céu sem aviso prévio, estourou cada vertigem, incendiou o ar.
As lágrimas que há muito não eram vistas, foram pedindo passagem. A imagem que já era feita foi rebobinada, reformulada. A confiança de muitos se foi.
A cabeça se pergunta com arrependimento, a corpo não para de se mover. Se auto castiga, ausente, quer sair dali.
O som não chega à seus ouvidos. A certeza não existe mais.
Os olhos já foram marcados, os pés já ultrapassaram o chão.
A cabeça já esteve nas nuvens, os dias já foram normais.
Abrace o meu corpo, mesmo que esteja sem vida. Quero sentir que esta aqui. Sussurre verdades mentirosas, ouça o silencio.
Faça-me deixar meu pulso em paz. Faça-me parar de me castigar.
Diga que confia em mim.
Me de um motivo para não ir embora, fale que sentirá minha falta. Olhe em meus olhos vazios e diga que essa é a realidade. Confesse que é tudo um grande erro, grite as verdades mudas sem ter vergonha.
Aceite quem eu sou.
Não deixe-me quebrar o espelho, me controle. Pegue alguns daqueles fios invisíveis e me manipule como um fantoche. Minta para mim.
Apague a luz, vamos embora.
Não sei como terminar este texto.

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Em meros dias como este juro que estaria sentado em um lugar calmo, lendo um livro ou quem sabe ouvindo uma música e esperando ser arrebatado por algum tipo de sentimento diferente, algo fora do comum. Mas, como sentir algo fora do comum, se tudo o que sei, se tudo o que sinto, se tudo o que sou é resumido em uma única palavra. Aconchegante, inspirador, sedutor, o amor é a mistura disso tudo e tudo isso separado, nas devidas medidas para tornar tudo mais colorido. Não é algo banal, por mais que pareça. Não é algo tão intenso, por mais que pareça. O amor é o puro gosto do amargo, e é a droga mais doce.
Tinha em mente cada um destes critérios para descrevê-la, cada adjetivo gravado, como se estivesse elogiando a palma da minha mão. Tinha. Já tive meu tempo contigo - foi rápido, cheio de expectativas. Quando hoje me lembro de tudo aquilo que poderia ter feito, como poderia ter dito e não apenas ter me encolhido, com medo de sua reação, com medo de nossa separação. Porém, hoje as circunstâncias são diferentes. Vi-me obrigado a me afastar de ti. Você, que era toda a luz que um dia pude esperar ter em meu caminho, estrela do meu céu, se foi, sendo cadente.
Vi todas as expectativas desaparecerem de fato do meu peito, como se elas realmente já não estivessem mortas. Devoção. Foi esse o meu erro. Tudo que eu sempre fiz em relação a você e as inúmeras coisas que deixei de fazer, são fruto do mesmo motivo. Eu não conseguia, eu não queria te magoar por você ser meu chão, meu teto. Eu não podia ser imperfeito, não podia errar, e por isso me dedicava tanto a uma coisa, as vezes exagerando. As outras coisas que não lhe mostrei foi por puro medo. Medo de que você me julgaria, medo de que você faria um juízo que eu era detentor - pelo menos sob minha perspectiva. Detentor sim, pois queria reservar seu amor apenas para mim. Queria exclusividade, roubá-la, raptar este pedaço que por mais que fosse ser meu, seria eternamente escravo - dependente.
O sol que já começava a se abaixar era leve, fazia uma tarde de outono fresca. Meus pensamentos me levaram sem rumo por quarteirões - apenas no mundo material, pois no imaginário estava longe contigo, lá... Inalcançável.
Enquanto eu olhava a forma que os quarteirões tomavam, comecei a entender que existem certas coisas que só se completam quando se encaixam. Acho que nunca me encaixei realmente na sua forma, por mais que me convencesse cada dia mais disso. Engano, engano e engano. O amor que sentia era puro e verdadeiro, a saudade a vontade a ansiedade e todos os outros sentimentos cabíveis foram verdadeiros, porém eu mentia pra mim mesmo quando todo dia de manhã me moldava à sua maneira. Mas então chegou a tal hora que a verdade se fez presente, e realmente percebi que precisava me separar, me ocupar, me valorizar. Tanto quanto você precisava de espaço, de assumir tudo aquilo que você gosta sem se preocupar em me magoar. Até parece engraçado como tudo que partia de mim era intenso enquanto tudo que partia de você era latente, com um indizível toque de compaixão - justamente esse toque que servia para alimentar todas as minhas expectativas; mas eu já havia pensado e re-pensado muito sobre elas, já não existem mais.
Por mais que eu lamente. Afinal o afeto que tinha de você era suficiente, ele já me fazia sentir amado. Fazia o sol que me cegava toda manhã ser uma lembrança do quanto a noite anterior fora ótima, e a lua, me fazia esperar e contar cada segundo para revê-la, abraçá-la, estar contigo. Se eu sentia teu perfume - aquele meio 'salgadinho', jamais esquecerei - por mais que não fosse você, meu corpo já saía do meu controle, meus instintos procuravam desesperadamente a portadora do cheiro que trazia lembranças tão boas, te procuravam. Estava, estou, louco por você - estou louco sem você.
Louco, perdidamente louco por não ter mais a quem me moldar. Agora sou só mais um, que por falta da tua companhia, me prendo a qualquer coisa que permita afeto. Por mais que este seja um peixe, mas peixes morrem. Por mais que seja um bicho de pelúcia, mas eles não são inusitados e nem espontâneos assim como você. O fato é que me perder por você já vale a pena, por mais que eu saia da minha realidade e sanidade. Não gosto do jeito que você me deixou, mas o que se há de fazer contra o destino? Promessas de amor ou discursos para me redimir ditos na frente do espelho não contam como forma de reação, e sim como arrependimento. Mas o pior passou. Pelo menos hoje eu só me vejo preso a um espírito, uma essência. Antes eu realmente te tinha como figura, e me torturava sentir tua presença em cada canto da cidade que passamos trôpegos às risadas, mas como já disse: passou.


texto por: João Pedro Innecco & kinha;

Que honra e felicidade maior eu poderia sentir escrevendo, nada mais nada menos, do que com o meu escritor atual favorito ?!

sexta-feira, 8 de maio de 2009

Meus passos são ansiosos, por mais que normais. Eu os dou cuidadosamente, vendo todo o caminho que tenho pela frente. O sol esta alto no céu, mas nada brilha mais que o meu sorriso.
A cada segundo que meu tênis toca o asfalto, lembro de tudo que passou, tudo que passos deixam para trás. Como pude chorar, se o destino final era realmente sorrir? Ah, mas o futuro não se prevê, do passado não se arrepende.
O vendo bate, acaricia, faz mechas do meu cabelo baterem no meu rosto, fazem cócegas. Para alguns aquilo poderia ser irritante. Sabe como é, o cabelo deve estar bom para se estar bonita.
Mas hoje não. O meu cabelo pode fazer a peripécia que quiser, que eu não vou ligar. Hoje eu não me importo com a minha maquiagem, por mais que a tenha feito. Hoje o dia não vai ser interrompido por nenhuma obra de minha insegurança.
E os passos vão, me levam. Os que passam em volta olham abismados a tal menina que esta sorrindo do nada, sem motivo aparente. Ela não olha para o chão para ver no que pisa. Como pode não ligar? E foi.
Ah, ali vem ele.
Ali vem a tal pessoa que me fez sorrir sem motivo, não ligar para a minha aparência, não ligar para o que se passava em volta. Simplesmente fez. Ele é o tal menino que me fez perceber um mundo diferente em uma música lenta, romântica. Ele me fez entender o meu valor, ele me fez crescer. Ele me fez mudar, mesmo continuando sendo a mesma. Ele me ama assim, para que generalizar ?
E quem via de fora viu que ele carregava o mesmo sorriso e características que ela. Estavam em passos sincronizados, parecidos – quase iguais de tão indecisos.
Não preciso dizer o que aconteceu depois, o que o futuro mostrou.
Eles estavam ali juntos, e nada mais importava. Nada mais deveria importar. As palavras não eram suficientes, deixamos à critério da imaginação.
E, que culpa a gente tem de ser feliz ?

sexta-feira, 20 de março de 2009

Eu sei que sou teimosa, mas as vezes parece burrice. Será que não aprendi que não posso trocar o brilho do seu sorriso pelo das estrelas? Será que não me convenci que os teus olhos tem tanta presença e intensidade como nenhum outro que eu jamais tenha visto?!
Mas, eu tentei. De todas as maneiras juro que tentei.
A cada passo que dava me convencia de que tinha que te esquecer, isso já estava ferindo o meu orgulho. Isso já estava mudando a minha maneira de ser.
Por outra vez tentei te trocar por mim mesma. Tentar me amar da maneira que eu um dia te amei – que amo. Mas não me pareceu possível. Parece que por mais que o meu narcisismo aflore em minha pele e domine o meu oxigênio, eu não vou deixar de te colocar em primeiro lugar.
Por mais que eu sempre diga ‘eu’. Por mais que tudo que eu diga, seja exclusivamente – ou pelo menos pareça, para você leitor – aquilo que eu sinto.
Eu lia estas palavras e não conseguia parar de pensar no que tanto desejava, em te esquecer.
E eu consegui.
Pena que na época eu não conseguia ver que a cada passo que eu dava, você ficava mais para trás. A cada lágrima que eu derramava, você era menos responsável. Que o buraco que você deixou em meu peito não existe de tal maneira como existia. Agora é apenas uma cicatriz, uma lembrança.
Mas, nem toda lembrança é ruim. Penso que hoje te vejo apenas como um parágrafo passageiro em minha vida – aquele que depois de muito tempo, por mais que comovente, não me faça mais chorar. Me faça lembrar do quanto eu mudei todo esse tempo que queria provar para todos que já te esquecera – quando na verdade tinha que provar apenas para mim mesma.
Pena que eu não vi o quanto o meu rosto ficou diferente quando eu deixei de chorar. O quanto mais eu fiquei visível quando eu queria ser. O quanto as coisas começaram a acontecer para mim, quando eu deixei de me importar com o que você pensaria. Eu apenas tenho que ligar para o meu pensamento. Só o meu...
Então nesse texto, me fiz um desafio diferente – que é o mesmo que eu quero fazer para você. Pense o quanto aquilo que era ruim te fez bem. Pense no quanto você mudou quando deixou de derramar aquelas lágrimas.
E, se ainda as derrama, se olhe no espelho. Tente parar de parecer invisível e faça com que os outros o vejam. Faça com que tudo aquilo que te fazia sorrir antes volte. Não afaste mais ninguém.
Quem sabe assim, você possa criar um para sempre só seu.
E esse para sempre.. Esse sim, nunca acaba.




Queridos, desculpem por não ter postado por tanto tempo, mesmo. O meu tempo tem sido muito disputado entre várias coisas, e o meu blog - infelizmente - tem ficado com uma prioridade menor.
Estou cheeeeeeeeia de textos novos - muitos que quero postar aqui. Mas quero atingir um número médio de comentários para poder postar cada um, pode ser ?
Como sempre, obrigado por tudo. Vocês são maravilhosos.
Aaaah, não posso esquecer.
Recebi vários selos, memês, etc.
Não me vejam com uma cara ruim, é que eu não tenho quase tempo de postar aqui, então não tenho como pesquisar para passar para outros, etc.
Mas agradeço a todos de coração - mesmo.
Beijos ;*

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Há dias venho tentando escrever alguma coisa. Porém, nada sai.
Parece que a minha inspiração foi toda junto com as lágrimas que saíram dos teus olhos, dos meus... Parece que tudo aquilo em que eu me baseava para fazer os outros fantasiarem com as minhas próprias fantasias, voou com o último sorriso compartilhado. Com o último toque...
Mas, como posso escrever tais palavras, se não as presenciei? Como posso fazer todos imaginarem que tudo não passa de uma história de amor perdida, se eu nunca a tive?
Parece que tudo que imagino, desenho em minha mente, vai para a lista das coisas que nunca vão acontecer.
Parece que tudo aquilo que eu sempre quis, se resumia em você.
Mas, afinal, quem é você?
Queria tanto conhecer essa tal pessoa que invade meus sonhos, domina as minhas poesias.
Você tem um coração? Deve ter, o meu.
Nossa, que coisa sentimental. O meu.
É, o meu. O coração que você maltrata quando vem nos meus sonhos e diz que vai ficar.
Quando você bagunça a minha cabeça, faz as palavras faltarem.
Deixa apenas suspiros.
E, eu volto para a fala apaixonada.
Volto a te defender.
Quando, na verdade, eu deveria dizer todos os seus defeitos.
Deveria dizer que você é só mais uma pessoa sem caráter, que vai com quem te oferece mais;
Deveria dizer que você é um mentiroso. Pois disse que ia voltar, e eu não te vejo há algum tempo.
Deveria dizer que você tem um péssimo gosto, pois odeio o seu perfume. Por mais que ele seja viciante...
Mas, eu não posso. Eu queria poder afirmar todos estes pseudo-defeitos, mas eu não posso.
Por mais que sejam exatamente seus.
Eu simplesmente não posso.
Não sei porquê.

Mais um pseudo-texto, para um pseudo-você;
 

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